quinta-feira, 30 de junho de 2011

Férias!!!

Como os pais podem aproveitar com os filhos as férias das escolas em julho

Não é preciso ocupar as crianças o tempo todo com atividades externas

GABRIELA HAAS  |  gabriela.haas@zerohora.com.br
Um curto, mas muito aguardado recesso. Assim são as férias de julho, em contraste com as longas e ensolaradas férias de verão. Descanso de inverno é importante para que os alunos descansem e se preparem para o segundo semestre letivo. Esse período pode se transformar em bons dias de folga para filhos e pais aproveitarem juntos.
O ideal é conciliar as férias escolares com descanso no trabalho. Claro que isso nem sempre é possível, e, nesses casos, a solução pode ser uma força-tarefa que envolva avós, tios e famílias de amiguinhos que ajude a tornar o intervalo mais proveitoso. Se férias de pais e filhos coincidem, é hora de planejar muitos passeios e brincadeiras.
O recesso é rápido – costuma variar de uma a duas semanas. Organizar bem o tempo é fundamental para que os dias não passem despercebidos e as crianças não acabem se sentindo frustradas. O principal é que os pais percebam essa quebra na rotina como uma oportunidade de ficar mais tempo com os filhos. O desafio de programar as atividades em família, porém, não deve ficar apenas nas mãos dos adultos.
– A criança deve ter uma participação ativa na gestão do seu tempo. Os pais devem apenas ajudá-los, deixando que proponham programas e atividades. Esse "pensar junto" é contributivo, e eles podem aprender muito com isso – explica Tânia Fontoura, professora de Psicologia da Faculdade de Educação da UFRGS.
Antes de começar a fazer uma lista imensa de programação, Tânia explica que é preciso entender algumas características dessas férias no frio. O inverno acaba, naturalmente, favorecendo o convívio dentro de casa e, muitas vezes, pede a tomada de um ritmo mais lento. Como afirma Tânia:
– Trata-se de férias indoor. Os pais não precisam pensar que têm de ocupar todo o tempo. Em alguns momentos, é bom que as crianças possam gerir horas completamente livres. Nessas férias mais curtas, cabe ter um dia para ficar em casa, aproveitando para dormir até mais tarde e olhar televisão, por exemplo.
Algumas dicas de programas
Cultura e entretenimentoOs dias livres são ótimos para uma programação cultural com as crianças. Nessa época, os cinemas apostam em desenhos e filmes infantis, como os grandes sucessos de bilheteria Toy Story 3 e Shrek Para Sempre, além de produções alternativas, como O Pequeno Nicolau e Ponyo – Uma Amizade Que Veio do Mar. Vale também conferir espetáculos teatrais e visitar livrarias e bibliotecas.
– Os pais podem ir com os filhos comprar livrinhos, por exemplo, para estimular o hábito da leitura. Mesmo que eles não estejam estudando, é importante manter contato com a literatura nas férias – explica a psicopedagoga Clarissa de Paz Menezes.

PiqueniquePara as tardes ensolaradas, a dica é organizar piqueniques em parques, como a Redenção, ou no Jardim Botânico. A ideia é aproveitar o programa ao ar livre para brincadeiras que exijam mais espaço. Vale jogar bola, andar de bicicleta, empinar pipa e até levar o cachorro junto para passear.

Conhecer a cidadeVisitar museus, parques, bibliotecas, praças, espaços de lazer públicos, essas visitas promovem o convívio social e aumentam o conteúdo cultural. Também existem festas julinas, é só procurar em jornais da cidade que existe muitos afazeres, explica Luciana.

Organizar o quartoAté os seis anos, conservar os objetos das crianças bem organizados colabora para que elas se sintam seguras em relação à estrutura do lar. Uma atividade que promete unir o útil ao agradável é convidar os filhos a participar desse processo.
– Muitas vezes os pais pensam que as crianças não se interessam em arrumar suas coisas, mas na verdade elas curtem isso – explica Tânia Fortuna.
Além de organizar brinquedos, livros e trabalhos da escola, a ideia é aproveitar o momento para brincar e conversar.

Inventar brinquedos novosGuardando o lixo seco durante dois ou três dias já é possível inventar uma infinidade de brinquedos. A reciclagem de latas, potes e tampinhas em uma atividade lúdica incentiva a imaginação das crianças.
– Para elas, é uma experiência bárbara poder fazer algo com as próprias mãos, mesmo que esse brinquedo seja menos atraente se comparado com os critérios comerciais que temos atualmente – conta Tânia.

Festa do pijamaQuer programa mais divertido do que reunir a garotada para dormir de turma na casa de um amiguinho? Sempre sob a observação atenta dos pais, as crianças podem fazer campeonato de videogame, maratona dos filmes preferidos ou caça ao tesouro, por exemplo. Os pais devem ajudar na organização das brincadeiras e providenciar uma janta gostosa para as visitas.

CozinharBolos, pães e docinhos são ótimas opções de receitas para fazer com a ajuda dos pequenos. Além de divertido, ir para a cozinha com as crianças pode ser um importante aprendizado.
– Quando participam do preparo da refeição junto com os pais, cortando e experimentando os alimentos, a aceitação da comida saudável é maior – explica Clarissa.

Mexer com fotografiasMesmo que hoje em dia não se cultive tanto o hábito de guardar fotografias impressas em casa, algumas famílias que ainda têm o hábito de manter álbuns podem organizar esse material com a ajuda da criança.
– Separar o material por épocas ou por temas e ir contando a história das imagens para a criança pode ser um ótimo entretenimento e uma lembrança importante para guardar de suas férias. Depois, os pais podem convidar o filho a fazer um cartaz ou painel com suas fotografias preferidas – sugere Tânia.

Organizar festivaisPode ser de filmes, música ou dança: a ideia é que toda a família se envolva. Os pais podem organizar com os filhos uma maratona de filmes, cada dia de semana um título diferente, por exemplo. Se optarem por música e dança, casa pessoa pode escolher uma canção e se apresentar para os demais. vale confeccionar convites para toda a família, faixas e painéis.
– É importante marcar as coisas com formalidade. Dar um ar solene para as atividades faz com que o momento seja tratado como algo importante. Muitas vezes, as crianças acabam se envolvendo até mais com a preparação do que com o evento em si – explica Tânia.
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2973727,Como-os-pais-podem-aproveitar-com-os-filhos-as-ferias-das-escolas-em-julho.html

quarta-feira, 29 de junho de 2011

UM POUCO DE PSICOLOGIA SOBRE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS


EDUCAÇÃO MODERNA  I

“Eduquem-se as crianças e não será preciso
“Castigar os homens” (Pitágoras)


Ai de nós, pobres mortais, carentes de informação e orientação para enfrentar nossos problemas existenciais, e que de repente nos vemos na contingência de educar nossos filhos! Agora, então, com essa tal de “educação moderna”, a coisa ficou ainda mais complicada. A educação moderna virou de pernas para o ar a relação pais-filhos. Hoje os filhos têm mais abertura com os pais em assuntos que eram considerados tabus, mesmo depois que se iniciou a democratização do diálogo. Temas que nossos avôs e nossos pais não tinham coragem de abordar em família, tais como homossexualismo, aborto, pílula, camisinha, AIDS e morte, hoje invadem os lares através da televisão, dos jornais e revistas que circulam livremente entre adolescentes e meninos que ainda nem chegaram à puberdade. Essa invasão muitas vezes obriga os pais a anteciparem o diálogo sobre tais assuntos com seus filhos.  O que fazer?

Você não deve antecipar para seu filho temas para os quais ele ainda não esteja física ou emocionalmente amadurecido, a não ser que perceba que ele já foi iniciado, na escola ou na rua. Aí então você tem obrigação de ir em frente. Satisfaça a curiosidade dele. Aborde os assuntos de forma genérica, mas, também sem falsear a verdade. Não deixe nenhuma pergunta sem resposta, para que ele não vá buscar respostas alternativas na “escola” da rua. Nunca se escandalize com a precocidade espontaneidade ou com a ingenuidade de seu filho. Lembre-se de que ele não abordaria esses assuntos com você se já tivesse sido contaminado pela malícia que comanda a lógica dos adultos. Seja sincera e honesta com ele como ele é com você. Não minta para ele, não o engane, embora possa usar a metalinguagem própria do jargão infantil. Dizer, por exemplo, que Papai Noel existe, não é mentir nem enganar, porque ele realmente existe na imaginação da criança, onde está isento de qualquer conotação de má fé. Já ao falar da cegonha que traz o bebê no bico, você está simplesmente trapaceando, porque conta uma mentira para fugir à responsabilidade de explicar para seu filho o mistério da fecundação do óvulo e da concepção de um novo ser. Uma história que você, contaminada pela malícia própria do adulto, fica embaraçada para explicar.

O grau de aprofundamento da abordagem desses assuntos no diálogo com seu filho dependerá, portanto, da espontaneidade e da desenvoltura com que você se comportar. Se sentir dificuldades, peça ajuda a um educador ou psicólogo. Mas não se apavore. Esteja consciente de que vivemos todos uma época fascinante, onde acontecem as coisas mais fantásticas e inacreditáveis, inclusive, de repente, você constatar que seu filho sabe coisas que você nunca ouvira falar...

Mas até onde você vai acompanhar essa abertura sem correr o risco , isto é, criar crianças e adolescentes sem o mínimo sentimento de respeito para com seus semelhantes, sem nenhuma barreira capaz de contê-los, com alta dose de agressividade a ponto de só faltar bater nos mais velhos? Não será perigosa essa abertura? Como avaliar se estamos nos excedendo na dosagem de modernização? As mudanças sociais ocorrem tão bruscamente que nos deixam meio tontos. Mas essa dificuldade também resulta do fato de estarmos emocionalmente envolvidos na questão. É mais fácil dar palpite em assuntos que não nos afetam diretamente. Aí a análise pode ser feita com absoluta isenção. Já não ocorre o mesmo quando se trata de questões que dizem respeito diretamente a nós e a nossos filhos.

Há, porém, uma regra geral para estabelecer o limite do bom senso no relacionamento pais-filhos. Siga o lema daquele revolucionário: “É preciso ser duro, mas sem nunca perder a ternura” (Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás). Lembra-se? É preciso ser firme nas posições assumidas com seu filho, não ceder no essencial, mas também é necessário usar sempre a ternura do diálogo, para explicar nossas posições e negociar as concessões que fazemos. Sem que você perceba, ele está exercitando com você a luta pelo poder, em que ele testa para sentir até onde você está disposto a ceder. Não duvide da maestria com que ele manipula os instrumentos de exercício do poder. Se você bobear, quando espantar já foi vencido por ele.
 

FOLCLORE





O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem
indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

 
Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'águaEncontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
Corpo-secoÉ uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
- A palavra folclore é de origem inglesa. A termo "folk", em inglês, significa povo, enquanto "lore" significa cultura.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.